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Um dos nossos muitos meninos de ouro

Allan, 17 anos, ex-educando do núcleo Bororé do Instituto Passe de Mágica.

Desenho do educador Maickon Johns.

Allan, 17 anos, ex-educando do núcleo Bororé do Instituto Passe de Mágica - Desenho do educador: Maickon Johns.

Há gente que tem o sonho de ser médico para salvar a vida dos outros, o que é lindo. Mas às vezes, conseguimos salvar a vida de alguém dando apenas uma mão, uma pequena ajuda, um olhar, um exemplo. A Neusinha, educadora que acompanhou o crescimento de Allan disse: "Ele confia nas pessoas, faz de tudo para ajudá-las, ele se doa de verdade." E ele diz: "Eu quero ser um exemplo para os novos educandos, assim como os meus educadores foram um exemplo para mim".

Como a maioria dos educandos, ele vem de uma dura realidade que não o tratou como uma criança e não o trata como o adolescente que é. Desde cedo ele já se viu na obrigação de ajudar a família, se viu com a responsabilidade de colocar comida na mesa de casa. Não perguntavam para ele qual era seu sonho. Não perguntavam se ele sabia jogar basquete. Ele não tinha tempo para essas coisas. Quando entrou no projeto se apaixonou pelo basquete e viu sua vida ganhar mais sentido. Não sabe se foi o basquete, se foram os educadores ou os amigos que fez lá, mas a partir daquele primeiro dia, ele se percebeu sendo escutado, ele percebeu que pertencia a um lugar.

Agora Allan trabalha fazendo pão, mas não é qualquer pão: "Eu gosto do meu trabalho, é puxado, mas é legal, porque eu faço pão sem gluten, sem lactose, pra quem não pode comer qualquer pão. Eu acho legal a pessoa saber que tem gente que se preocupa com ela, com as necessidades dela, que são diferentes."

A luta do Allan é diária. Ele acorda cedinho, lá pelas 4 horas da manhã. Vai pro trabalho, pra a escola e quando dá tempo, trabalha como voluntário no projeto. Chega em casa às 11h da noite. Não tem muito tempo para dormir, mas diz que "Tudo bem, a vida continua", com um sorriso no rosto.

Para ele o sonho não acontece quando está dormindo e sim quando sai da cama e vai pro trabalho, quando vai pra escola e vai pro projeto e quando volta pra casa sabendo que ajudou a família, que ajudou as pessoas que não podem comer qualquer tipo de pão, que ajudou os educadores nas atividades, que ajudou os educandos a enxergarem que eles, também podem lutar e que eles não estão sozinhos.

Hoje o basquete é para ele um momento de lazer: "Um dos melhores momentos da semana". Quando ele está dentro da quadra, sente que pode se expressar, pode se reinventar e se descobrir.

Sobre a Magic Paula, ele disse pra gente: "Eu quero ser essa pessoa que muda a história de outras pessoas, assim como ela mudou a minha."

Essa é a história do Allan.

Temos muitas outras histórias a serem contadas e outras tantas a serem transformadas.

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